My dream is having all this map painted in red

Friday 9 January 2009

Muro de Berlim / East Side Gallery

 

 

Desde 1990 que este segmento do Muro de Berlim com 1300 metros ao longo da Mühlenstrasse, entre o Hauptbahnhof e a Oberbaumbrücke, é conhecido por East Side Gallery. Aqui estão expostos graffitis de 118 artistas de 21 países, uma exposição organizada pelo artista escocês Chris MacLean.

Este é sem dúvida o melhor ponto em Berlim para aqueles que querem ter uma real idéia de como era o muro que dividiu o país em Leste e Oeste por quase 20 anos.

 

 

2 comments:

KIm PrIsu said...

EAST SIDE GALLERY "Metamorfose das existências ligadas num móbil indefinido"
E não é que em 1990, no serão de 23 de Junho o meu amigo e artista plástico Hervé Morlay dito VR, me bateu a porta do meu pequeno apartamento do “35\37 rue de Torcy em Paris 75018”, e me perguntou se queria ir a Berlim, que avia um projecto de pintar no muro na parte de Berlim Oriental (RDA), o( Hervé Morlay) VR ia alugar uma carinha de caixa fechada para 15 dias, 12 horas depois na manha seguinte estávamos a caminho de Berlim. Passamos uma primeira vez a fronteira França Alemanha, eu até tinha o meu passaporte caducado mas só me apercebi depois, nesse tempo ainda nuca tinha tido um bilhete de identidade, só passaporte (e no 1º onde tive com a minha mãe, aos nove messes para ir para a França era falso) e uma “Carte de Sejour” (identificação para os estrangeiros em França), depois atravessamos a Alemanha ocidental, e tivemos de novo de passar outra fronteira, ai no silencio, mas tudo correu bem, é dizer que a situação já estava no caminho da abertura, e entramos numa auto-estrada toda cercada por uma grande rede com arame farpado, miradouros com guardas armado, dizíamos um para o outro e se a um deles lhe passasse pela cabeça de nos dar um tiro… e antes de entrar em Berlim mais uma fronteira, era para mim muito estranho passar duas fronteiras no mesmo país, fomos a ter a casa de um artista Alemão “A. Paulun” num Bairro perto do muro no nº 2 da rua “Wrangel” em frente a igreja “St. Thomas” …
Fui também ai perto de “St. Thomas” que pela 1º vez atravessei o Muro no sitio ao que me contaram tinham morrido o maior numero de pessoas os atiradores estavam colocados as janelas dos prédios do lado oriental, hoje encontra se lá um jardim. Na 1ª semana existia nessa grande brecha nas duas paredes casotas de madeira com guardas que faziam ofício de fronteira, precisava se ainda de mostrar o Passaporte, mas já com muita a descontracção, na segunda semana estavam no chão, isso era nos primeiros dias de Julho 1990. Sentia-se a liberdade, não sei como explicar, em França um dia um Português que teve presente em Lisboa (e que tinha na sua pequena oficina de tipografia lá em Paris uma foto com ele e os soldados da revolução em cima de um caro de combate) no 25 de Abril 1974, disse me que naqueles meses em Lisboa sentia-se a liberdade era como se a pudesse mos tocar com os dedos da mão, senti o mesmo, por isso lembre-me dessas palavras e chamei o 1º painel “O povo unido nunca será vencido” em recordação.
Eu, o meu amigo Hervé Morlay (VR) e o A. Paulum obtemos um encontro com a pessoa que se ocupava do projecto “East Side Gallery”, já na segunda semana, entre tanto andamos por lá a pintar entre os does muros e nos miradouros, o fim só nos ficava 4 dias antes de voltar para paris para entregar a carinha, foi assim que tive de fazer a 1ª pintura (de 1990) em 3 dias, com muita energia. A 1ª vez que tivemos em frente de esse muro do lado oriental na avenida “Muhlenstrasse” , fomos ver se havia qualquer graffiti, nem um. Aquela parede chamava a cor para esquecer que nesse tronco tinham tirado a vida a 9 pessoas… Ainda a muito para contar sobre essa 1ª vez que fui a Berlim mas isso dava provavelmente um filme.

KIm PrIsu said...

Desta vez em fim de 2008 fui pela 1ª vez contactado, para refazer a minha pintura. Fiz um contrato com eles, como todos os outros pintores que vão refazer a cópia
Comecei a pintar na terça-feira 26 de Maio, num dia de trovoada, e foi como se tivesse recebido dela uma energia positiva que me meteu fora de mim Mas voltamos ao muro, estive em frente, de novo no mesmo lugar exacto, O muro já não me impressionava como dá 1ª vez, já não tinha para mim o mesmo imaginário…
Mas comecei como se tivesse de fazer a cópia do de 1990, mas não me sentia bem, comecei a pintar deixando a emoção do momento sair, interrompido pelos turistas as entrevistas de jornalistas, mas a um momento esqueço tudo o que me rodeia, fico só em frente do muro, e começo a pintar sem me preocupar, um fundo abstracto, cheio de escritos em varias línguas, que cada dia pintava com mais energia, alegria, quando comecei a desenhar, as primeiras cabeças vinham mais suaves, a minha visão desse povo tinha mudado, é que os filme e a historia recente do século 20, e a escola na França, nos criaram um imaginário no qual a Alemanha era um inimigo de 2 guerras mondais, depois a guerra fria, mas desta vez a ideia desse povo tinha mudado em mim, das duas vezes que lá vivi, 33 dias em tudo, me levaram a uma outra visão desse povo e dos outros que misturado coabitam com eles, nuca mesmo nunca das 2 vez senti agressividade, andei sempre por todo lado e por vezes houve sítios que se fosse em Lisboa ou Paris passava ao lado, vi muitas mulheres a passear só, então que a cidade me pareceu menos iluminada, de que Lisboa ou Paris, como comer fora e beber não é muito dispendioso a sempre muitas individualidades na rua.
Quando chegou Jörg Weber um dos organizadores e com a responsabilidade dos artistas e das obras, ao qual comecei a explicar em Francês e com o meu pouco de Inglês mas ele não compreendia tudo, eu nada de Alemão, mas com a ajuda da senhora Karin Kaper (Co. realizadora do filme que se está a fazer sobre o este evento) e que falava francês, explicamos, e Jörg Weber e outros responsáveis da “East Side Gallery”, comecei lhe a falar de uma filosofia e de um estado de espírito que tinha em Portugal com o grupo dos Inteiros, o “Impensamental”, e que já estava a “Impensamentar” esta nova pintura a partir da memoria da sensação e do desenho de 1990 na numa emoção e sensibilidade do ritmo do vivido de hoje e que era como uma metamorfose do pensamento interior que se mentalizava numa nova obra, gostaram da explicação, entenderam como era que eu trabalhava, ele estava a gostar da energia da minha nova representação, e disse me que por ele podia continuar, mas estavam com medo, é que havia também a aprovação da responsável da câmara, e que corria o risco de não ser pago, mas eu respondi que prendia esse risco, a partir de ai foram 9 a 12 horas diárias a pintar, e ainda a sair a noite ver eventos culturais, ao fim ele me disseram que iam defender a minha obra, e que era obra e atitude de grande artista, o Dirk Szuszies num jantar em casa de ele, que eu tinha tido uma atitude muito revolucionária, anarquista, eu retruquei, “não, só uma atitude de Inteiro”.
Dei lhe o nome a está nova obra "Metamorfose das existências ligadas num móbil indefinido"
Vim de lá muito feliz, a inauguração vai começar a 6\7 de Novembro até dia 9 de Novembro dia no qual faz 20 anos da queda do muro. E como disse Jörg Weber,” não nos compreendemos bem, mas gracejamos muito com a tua pessoa e partilhamos uma grande e bela energia.
E para concluir, o meu painel foi aceito.
Agora dia 6 de Novembro 2009 estive em Berlim para a inauguração, foi uma grande festa
Joaquim António Gonçalves Borregana Dito “KIM PRISU”