My dream is having all this map painted in red

Sunday 2 May 2010

Filmes que inspiram viagens

Há muito tempo que o cinema inspira viagens, lugares que antes eram desconhecidos ganham um charme especial depois de mostrados num longa metragem. Desse modo separei alguns filmes que me inspiram a viajar, filmes que possuem personagens que de alguma forma me identifico, as vezes em parte, outras completamente. De qualquer forma o cinema sempre nos proporcionou fazermos viagens a lugares distantes, inimagináveis e sempre foi uma fonte de inspiração para muitos viajantes, eu aqui incluído.

 

 

Into the wild
Na Natureza Selvagem (Brasil)
O Lado Selvagem (Portugal)

 

Aqui está o meu favorito entre todos, Into the wild conta a história e Christopher McCandless, um jovem recém-formado que se aventura pelos Estados Unidos da América até chegar ao inóspito Alasca.

Em 1990, com 22 anos e recém-licenciado, Christopher McCandless ao terminar a faculdade, doa todo o seu dinheiro a uma instituição de caridade, muda de identidade e parte em busca de uma experiência genuína que transcendesse o materialismo do quotidiano. Abandona, assim, a próspera casa paterna sem que ninguém saiba e cai na estrada. Deambula por uma boa parte da América (chegando mesmo ao México) arranjando empregos temporários sempre que o dinheiro faltava pois, Chris acaba por abandonar o seu carro e queimar todo o dinheiro que levava consigo para se sentir mais livre, mas nunca se fixando muito tempo no mesmo local. Desconfiado das relações humanas e influenciado pelas suas leituras, que incluíam Tolstoi e Thoreau, ansiava por chegar ao Alasca, onde poderia estar longe do homem e em comunhão com a natureza selvagem e pura. O que lhe acontece durante este percurso transforma o jovem num símbolo de resistência para inúmeras pessoas.

 

 

 

Up in the air
Amor Sem Escalas (Brasil)
Nas Nuvens (Portugal)

 

Na trama Ryan Bingham é um consultor contratado por empresas para assumir a árdua tarefa de demitir os funcionários que já não são mais necessários. Considerando a atual conjuntura mundial, não é difícil concluir que ele é um profissional bastante requisitado. Mas, apesar do emprego que a maioria consideraria nada animador, Ryan leva a vida desprovido de preocupações. Tanto que ministra palestras motivacionais ensinando a pessoas como não carregar o peso do mundo nas costas.

Assim, o executivo passa a maior parte do ano viajando de cidade em cidade para levar a má notícia para alguém. Confortável no estilo de vida que adotou, Ryan não se importa de não ter muito contato com a família ou amigos. Sua meta é juntar o máximo de milhas possível. Porém, uma reestruturação na empresa em que trabalha está prestes a mudar tudo. A fim de cortar custos, seu chefe resolve adotar um plano de demissão por meio de videoconferências.

Apesar de a princípio parecer um filme despretensioso, "Amor Sem Escalas" consegue tocar, com muita sensibilidade, em uma série de assuntos cruciais, desde a família até a atual situação mundial de trabalho pós-crise. O título escolhido no Brasil (uma péssima escolha neste caso), contribui para que o longa soe erroneamente como uma comédia romântica. Longe disso. "Up in the Air", o título original, é uma expressão em inglês para definir que as coisas estão "no ar", ou seja, indefinidas. Mais ou menos como a vida do protagonista.

 

 

Up
Up - Altas Aventuras (Brasil)
Up - Altamente (Portugal)

 

Sim, eu sou uma eterna criança que adora as animações da Pixar e esta animação é de uma ternura que não há palavras para descrever. O filme é uma comédia de aventura sobre um vendedor de balões de 78 anos, chamado Carl Fredricksen, que, finalmente, realiza o sonho da sua vida, uma grande aventura, quando prende milhares de balões à sua casa e consegue voar à descoberta da América do Sul. Uma inocente animação que te faz pensar e ver que nunca é tarde para realizar os nossos sonhos pois os sonhos existem para serem colocados em prática.

 

 

Eat - Pray - Love
Comer - Rezar - Amar

 

Um filme que ainda nem sequer estreou nas salas do cinema mas já causa algum frisson e promete ser o sucesso de bilheteria neste verão no hemisfério norte. Este filme é baseado no livro da escritora americana Elizabeth Gilbert e conta a história da uma destemida jornalista que descobre que afinal não quer ser mãe nem viver com o marido numa casa formidável nos subúrbios de Nova Iorque e parte sozinha numa viagem de 12 meses com três destinos marcados: o prazer na Itália, o rigor ascético na Índia, o verdadeiro amor na Indonésia. Irreverente, espirituosa, senhora de um coloquialismo exuberante, Elizabeth não abandona um minuto a sua auto-ironia e conta-nos tudo acerca desta fuga desesperada ao sonho americano que começou no momento em que encontrou Deus.

Quando fez 30 anos, Elizabeth Gilbert tinha tudo o que uma mulher americana formada e ambiciosa podia querer, um marido, uma casa, uma carreira de sucesso. Mas em vez de estar feliz e preenchida, sentia-se confusa e assustada. Depois de um divórcio infernal e de uma história de amor fulminante acabada em desgraça, Gilbert tomou uma decisão determinante, abdicar de tudo, despedir-se do emprego e passar um ano a viajar sozinha. "Comer na Itália, Orar na Índia e Amar na Indonésia" é uma micro-autobiografia desse ano.

Durante uma das minhas frequentes visitas a livrarias estive a analisar o livro mas apesar de me interessar por literatura de viagem não o comprei pois o havia achado demasiado feminino, mas faço agora questão de ver o filme pois é um assunto que muito me interessa e ver a actuação da bela Julia Roberts sempre me deixa feliz.

 

 

Mama Mia!

 

Mama Mia! Não é exatamente um filme sobre viagem mas é impossível não ter o desejo de apanhar o próximo vôo para a Grécia depois de assistir este filme.

O filme é baseado no single do ABBA e relata a história de uma jovem noiva que quer encontrar seu verdadeiro pai para que ele possa estar no seu casamento e para desespero de sua mãe ela convida os três potenciais "candidatos".

O filme conta com belíssimas paisagens da Grécia e mesmo aqueles que não gostam de viajar vão se sentir tentados em conhecer mais deste país.

 

 

Eurotrip
Eurotrip - Passaporte para a confusão (Brasil)
Eurotrip (Portugal)

 

Esta comédia explora alguns estereótipos europeus de forma muito bem humorada o que faz deste filme muito descontraído e divertido de ser assistido.
Influenciado por um amigo, o jovem Scott Thomas envia um e-mail desaforado a Mieke, uma alemã que ele corresponde pela internet e que ele acredita ser homem. Quando descobre que Mieke é na verdade uma mulher, linda por sinal, ele decide partir atrás dela para pedir desculpas, enfrentando vários problemas na Europa. Com a ajuda de seus amigos, Cooper Harris e os gêmeos Jenny e Jamie eles irão visitar Londres, Paris, Amsterdam, Bratislava, Berlim e Roma, metendo-se em todos os tipos de situações embaraçosas e engraçadas ao longo do caminho.

 

 

 

Vick Cristina Barcelona

 

Aqui temos um filme muy caliente, assim como o povo espanhol.
Vicky Cristina Barcelona, conta a história de duas amigas americanas que vão passar as férias em... (advinhe!) Barcelona. Vick é centrada, responsável e estudiosa, além de noiva. Cristina é o oposto. impulsiva, meio-louca, artista e não sabe o que quer, só sabe o que não quer.
Visitando os cartões-postais da cidade, numa noite conhecem Juan Antonio, um pintor extravagante que saiu esfaqueado de um divórcio conturbado com a insana Maria Elena. Ele é bem direto e logo convida as duas para um fim de semana de sexo numa cidadezinha próxima à Barcelona. Enquanto Cristina se empolga, Vick a recrimina e a considera louca por querer ir. As duas acabam indo e se divertem muito com ele.

O filme mostra vários lugares interessantes de Barcelona uma das cidades mais calientes da Europa e onde tudo pode acontecer...

 

 

In Bruges
Na mira do chefe (Brasil)
Em Bruges (Portugal)

 

Uma comédia dramática que tem como pano de fundo a bela cidade medieval de Bruges na Bélgica. O título escolhido no Brasil (Na Mira do Chefe) mais uma vez estraga o filme, temos a irritante mania de complicar o que é simples.

Existem filmes de ação e sobre criminosos muito diferentes… Alguns apostam mais nas perseguições, outros em planos de roubo ou assalto arriscados, outros ainda em “dissecar” o que se passa na mente de um ou mais vilões. Realmente há de tudo, para distintos gostos. Mas são poucos os filmes sobre criminosos marcados, essencialmente, pela auto-ironia e por um bocado de cinismo. Mas "In Bruges" é ainda mais satírico, cínico. Realmente é um filme engraçado e que tem um ritmo um tanto louco, com altos e baixos nas horas mais inusitadas. Ele não tem muitas cenas de ação, e as que tem, são “à moda antiga”, ou seja, perseguições de homem contra homem em ruas com neblina, nada de carros em alta velocidade, lanchas, aviões ou qualquer outro meio de transporte enlouquecido pelos lugares. Na verdade, pensando bem, "In Bruges" consegue ser, ao mesmo tempo, um filme à moda antiga e uma produção inovadora. Ele consegue ter essa dupla personalidade sem ser esquizofrênico, apenas engraçado. Mas um humor inglês, deixe-se bem claro! Sutil, cínico, provavelmente não indicado para todos.

4 comments:

Unknown said...

Nossaaaa!! não vi NENHUM desses filmes!!
Por qual eu começo? Quero ver UP! Deve ser muito fofo!!

Faltou você falar dos turistas, né? Mostra tantas regiões do Brasil que eu já passei!

Unknown said...

Eu começaria pelo "Into the Wild". O meu filme favorito.

O Up também é muito bom, uma animação de uma ternura que não tenho palavras para descrever.

Turistas? Este filme não inspira uma viagem ao Brasil. Além disso cria uma imagem errada no exterior sobre o nosso país.

Paulo Tiago said...

Nossa, essa Carol tá perdida, meldels! haha Como que não viu nada disso ainda?!

E eu recomendo mais dois: "O Albergue Espanhol" e "Bonecas Russas", nessa ordem (um é sequência do outro). Você vai ver que dá mais vontade do que "Vicky Cristina Barcelona". ;)

PS: Neimar, você leu ou livro do "Into The Wild"? Eu fiquei meio decepcionado com o Chris depois de saber de certas coisas. Não precisava ter acabado daquele jeito, at all.

Unknown said...

Olá Paulo!
Vou tentar ver estes dois filmes que recomendaste.
Quanto ao "Into the Wild" eu li o livro sim. É verdade que ficamos com a impressão de que ele foi um pouco inconsequente e que as coisas não precisavam terminar de forma tão trágica mas mesmo assim gosto imenso do filme. Talvez por me identificar bastante com algumas das idéias dele mas nunca seria tão inconsequente.
Obrigado pelo comentário!!!