Por volta do século XVI, o aumento dos visitantes peregrinos e eclesiásticos estava a tornar insuportável a vida já congestionada do centro medieval de Roma. Foi construído um novo conjunto de ruas, ainda hoje existente, para ajudar os peregrinos a passar o mais rapidamente possível da porta norte da cidade, a Porta del Popolo, ao Vaticano. Por volta do século XVIII, já haviam sido construídos novos hotéis por todo o bairro para os frívolos aristocratas ingleses que faziam o Grand Tour pela Europa.
Atualmente esta área oferece muito mais, as obras renascentistas e barrocas de Santa Maria del Popolo e Sant’Andrea delle Frate, os relevos da restaurada Ara Pacis, exposições de arte na Villa Medici, belas vistas a partir da Scalinata di Spagna e dos jardins do Pincio e as ruas de compras mais famosas de Roma concentradas ao redor da Via Condotti.
A malha de estreitas ruas entre a Piazza di Spagna e a Via del Corso é uma das zonas mais animadas de Roma, atraindo multidões de turistas e romanos às suas lojas elegantes e discretas.
Com a forma de uma gravata e rodeada por casas altas pintadas de tons claros de ocre, creme e castanho-avermelhado, a Piazza di Spagna (Praça de Espanha) costuma estar repleta de pessoas durante todo o dia e no verão durante a maior parte da noite. É a praça mais famosa de Roma e tem sido há séculos um local visitado por turistas estrangeiros.
No século XVII, a Embaixada de Espanha na Santa Sé encontrava-se sediada nesta praça, e a área ao redor era considerada território espanhol, os estrangeiros que entrassem na área estavam sujeitos a serem perseguidos pelas autoridades espanholas.
Nos séculos XVIII e XIX, Roma já era um destino tão popular para os turistas como hoje, e a praça ficava no centro do principal bairro hoteleiro da cidade. Alguns artistas vinham em busca de conhecimento e inspiração artística, mas a maioria dos visitantes estava mais interessada em jogar, procurar estátuas antigas para decorar a casa e ter casos amorosos com mulheres italianas.
A Fontanna della Barcaccia, na praça é a menos vistosa das fontes do Barroco romano, e com frequência está quase totalmente encoberta pelas pessoas que descansam na sua borda.
Foi projetada pelo famoso Gian Lorenzo Bernini ou por seu pai, Pietro. Como a pressão do aqueduto que alimenta a fonte é muito baixa, não há cascatas espetaculares nem jorros d’água. Em vez disso Bernini construiu um barco cuja metade se encontra submersa num pequeno lago, barcaccia significa barco velho.
As abelhas e sóis que decoram a Fonte della Barcaccia foram inspirados no brasão da família do papa Urbano VIII Barberini, que encomendou a fonte.
No século XVII, os proprietários franceses da Trinità dei Monti resolveram ligar a igreja à Piazza di Spagna, construindo um magnífico lanço de escadas. Também tinham planejado colocar uma estátua equestre do rei Luís XIV no topo.
O papa Alexandre VII Chigi não ficou satisfeito com a perspectiva de erguer a estátua de um monarca francês na cidade papal, e as discussões continuaram até 1720, quando o arquiteto italiano Francesco de Sanctis criou um projeto que satisfez tanto os franceses como o papado.
A escadaria concluída em 1726, combina secções retas, curvas e terraços criando um dos marcos mais espetaculares da cidade. As escadas são hoje um local favorito para escrever postais, tirar fotografias, namorar ou apenas para ver quem passa.
A vista de Roma a partir do terraço em frente à fachada da Trinitá dei Monti é tão bela que, com frequência, a própria igreja é ignorada.
Para visitar esta praça em Roma é bastante fácil, basta apanhar o metrô (linha A – vermelha) e sair na estação Spagna. A partir daí só posso te deseja bom passeio e boas compras.
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